quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Sleepy Hollow S01E01 "Pilot"


Como suspeitava. A nova série da FOX não é ruim. 

Vivemos numa época favorável para séries de terror. American Horror Story veio para ficar e nos mostrou como isso pode ser possível. Todo dia vemos pipocar um monte de projetos similares em outras emissoras. O público estava sedento. Mesmo o cinema não está dando conta do recado ― são poucas as produções ditas do gênero realmente assustadoras. Por isso, tanto se destacam os filmes produzidos por Jason Blum, como Atividade Paranormal, Sobrenatural, A Entidade e Uma Noite de Crime. Todos resgatam aquele clima macabro tão comum nas obras dos anos ‘70 e ’80.

Analisando este primeiro episódio de Sleepy Hollow, espero se tratar de uma verdadeira série de terror, apenas disfarçada de série policial de ação. Os elementos estão lá, a começar pelo próprio Cavaleiro Sem Cabeça, um brucutu monstruoso que lembra facilmente o Jason de Sexta-Feira 13. Misturar coisas da Bíblia ― do Apocalipse, em especial ―, deixa a trama ainda mais interessante e atraente. Vale lembrar que tema similar já foi utilizado por Supernatural, em outro contexto. O grande problema da série é passar na TV aberta: o excessivo número de episódios enfraquecerá o ritmo da história; a censura aliada à falta de liberdade criativa impedirá cenas corajosas de acontecerem (cadê o sangue? muito conveniente o machado do Cavaleiro cauterizar os ferimentos).


Iniciamos a jornada com uma batalha na época da Independência dos Estados Unidos, casacos vermelhos versus casacos azuis. Ali conhecemos um dos protagonistas da série, o professor de história Ichabod Crane (Tom Mison), desertor da Guarda Real da Rainha, espião sob o comando do, então, Gal. George Washington. Entre cortes rápidos, o diretor Len Wiseman nos mostra o essencial: Ichabod procura um soldado específico, com uma marca na mão. Não tarda para o soldado misterioso aparecer, montado num cavalo branco, o rosto coberto por uma máscara. Ele defere um golpe mortal no oponente, com seu machado. Antes de desfalecer, Ichabod consegue decapitar o Cavaleiro. Nesse momento, com ambos caídos no campo de batalha, acontece uma ligação de sangue, que [aliada a um feitiço] possibilitará a volta de Ichabod, 250 anos depois, no Presente.

No decorrer do episódio, ficamos sabendo que a cidadezinha de Sleepy Hollow abrigou inúmeros cultos de bruxaria. Um culto do mal reanima o Cavaleiro (aprisionado num caixão no fundo de um rio) e, por tabela, Ichabod ― que deve impedir o Cavaleiro de recuperar seu crânio. Na verdade, o Cavaleiro Sem-Cabeça é o 1º Cavaleiro do Apocalipse, a Morte. Se ele ficar completo, logo os outros três (Peste, Guerra e Fome) irão segui-lo. Como derrotar a própria Morte? Não sabemos. Por enquanto, só descobrimos uma fraqueza: a luz do Sol.

Um dos pontos negativos da série é a escalação do elenco ― sem um pingo de carisma. A pior é a atriz que interpreta Abbie Mills (Nicole Becharie), a policial que presencia o xerife ser morto pelo Cavaleiro e acredita em Ichabod. Por que escolheriam alguém tão inexpressivo para ser uma das protagonistas? (não adianta fazer caras e bocas) Eu tentei, mas não consegui torcer por ela.

John Cho, que deve ser o ator mais conhecido do elenco, fez uma pequena participação especial. Brooks, seu personagem, morre no finalzinho do episódio, nos proporcionando a cena mais assustadora da première [#medo]. Outro detalhe que fica evidente é a importância de espelhos. É sabido que desde a Antiguidade tais objetos são relacionados ao ocultismo. As lendas são as mais variadas: pesadelos, má sorte, recipiente da alma, previsão do futuro, Candyman (heheh). Na série, os espelhos se transformam num portal por onde caminham as entidades sobrenaturais.

Vamos falar um pouco sobre os quatro criadores deste seriado. Len Wiseman, conhecido pela franquia Underworld (Anjos da Noite, no Brasil), dirigiu o episódio piloto e serve como produtor executivo, além de ajudar a bolar a história. Roberto Orci e Alex Kurtzman, hoje, dois dos produtores e roteiristas mais badalados de Hollywood, também são produtores executivos e, ao lado de Phillip Iscove, o pai do projeto, escreveram o piloto. Nenhum deles será o showrunner ― o cargo ficou com o experiente produtor Mark Goffman.

Não fiz comparações ao filme do Tim Burton porque quero reassistí-lo. Fica para a próxima. E pouco conheço do conto de Washington Irving. Falando superficialmente, a maior diferença é o tom épico que querem dar à série (o destino do mundo está em jogo!), além de tornarem Ichabod um Herói.

Está dada a largada para uma série que tem muito potencial, muita mitologia a ser explorada. Resta saber se conseguirá empregá-los de forma satisfatória. Acredito que se os realizadores derem ênfase para o terror, vai ficar tudo bem. Não vimos nem a ponta do iceberg. Citando a oficial Mills, que desistiu de Quantico, FBI, para a série acontecer: “Só arranhamos a superfície. Seja lá o que for, vai ficar muito pior” (no bom sentido, eu espero).

Adendo:
  • Parece que a intenção dos produtores é mesclar a história dos EUA com a história da série (não sei se gostei disso). Phillip Iscove é canadense, será que isso estava nos planos originais? 
  • Percebi influências de Evil Dead: o uso do gravador do xerife, por exemplo;
  • Ótima escolha da música “Sympathy for the Devil”, dos Rolling Stones;
  • Fiquei intrigado com o padre, uma das vítimas do Cavaleiro. Ele estava presente numa das memórias de Ichabod, do passado.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

The Goldbergs S01E01 "The Circle of Driving (Pilot)" [Pre-Air]


A série completa a trinca de comédias da ABC que vazaram - mais uma com temática familiar... (chega!) E não achei todo esse horror que li por aí. É ok, e pronto. Nada que me faça segui-la, é claro. Não espere uma nova Anos Incríveis, apesar da ambientação nos anos '80. O showrunner se inspirou nas próprias histórias de família para constituir a série, mas podia muito bem se situar nos dias de hoje.

Durante pouco mais de vinte minutos somos apresentados à disfuncional [e caricata] família Goldberg. A mãe parece ser a pessoa no comando, tomando as principais decisões e se metendo na vida de todos. A filha mais velha (a personagem mais apagada da première) vai, em breve, para a faculdade, o do meio insiste em dirigir e o caçula (alter-ego do showrunner) está cada vez mais interessado em garotas. Ela passa por uma crise ao constatar que seus bebês cresceram. O marido entre num conflito com ela, depois fazem as pazes. E seu pai parece, enfim, estar demonstrando os sinais da velhice, causando um acidente de carro [quase] fatal, com os dois netos a bordo.

Ri muito pouco, sinal de que as piadas não funcionaram. Achei legal as legendas aparecendo para interpretar as falas de Murray. O ponto alto do episódio é o finalzinho, quando vemos, com a tela dividida, cenas da série e as filmagens reais que o showrunner realizou quando era criança. Outro momento que apreciei foi a compilação de cenas de sucessos da década, como Caça-Fantasmas, Karate Kid, De Volta Para o Futuro, Alfie, E.T., Esquadrão Classe A, colocada logo no início do episódio. Uma pena a série não ter a mesma qualidade das obras citadas.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

The X-Factor (US) S03E02 "Auditions #2"


Voltei para mais uma resenha de The X Factor (US). Acho que agora vai. Estou empolgado com a nova temporada do programa. Na próxima semana estreia The Voice (US), mas pretendo seguir com as duas...

O episódio dessa semana decidiu colocar os piores antes e deixou os melhores para depois. Dividimos nossa atenção entre Denver, CO, e Long Island, NY. A primeira participante que vemos é Yosselin, 21, modelo. Ela é uma fã confessa da Paulina, uma das juradas. Não começa bem, uma das primeiras coisas que fala é: "qual o seu nome?", para Simon. Já é um indício de que há algo muito errado com ela. A voz irritante e a apresentação descompromissada, colando a letra do celular, só confirma. Foi tarde.

O próximo é Thomas, 19. Parece um verdadeiro cover de Scott McCreary, vencedor do American Idol, mas, apesar de cantar a mesma música, não tem a mesma sorte. Ele não passa para a próxima fase.

Seguem-se outros participantes sofríveis: Carrigan, Amber, a dupla K+B, Sean... é um compacto de péssimas apresentações. O programa, enfim, engrena com a chegada de Rylei Brown, 15 anos. Ela escolhe "Clarity", do Zedd, com participação de Foxes. Logo no início, esquece a letra. Às vezes, o nervosismo atrapalha as pessoas. Uma pena. Dá pra perceber que ela tem potencial. Ela não desiste e retoma a letra. Todos gostam dela. Rylei segue na competição.

Jeff, 36, dono de uma creche para cachorros, conquista os jurados com sua voz aveludada. A filha nasceu recentemente, prematura, e está no hospital com a esposa dele. A esquentada Jocelyn, 34, que diz estar no nível da Whitney Houston, é uma decepção. Ela canta terrivelmente "Firework", da Katy Perry. Esquece a letra, desafina... depois admite não ser o estilo dela. Por que escolheu justamente o que não dominava? Enquanto os jurados se preparavam para falar, Jocelyn interrompe e volta a cantar - agora de forma decente, mostrando que tem potencial. Mas os jurados não perdoam. Simon a leva para fora do palco. Deu dó.

Rachel Potter, sósia da atriz Minka Kelly, tem o sonho de ser uma cantora country famosa. A garçonete de 29 anos arrasa com sua performance de "Somebody To Love" (música transformada em arroz de festa depois de Glee). Controlada (no bom sentido) e muito talentosa, nem preciso dizer que ela ruma para a fase seguinte, né?

Jorge Peña irrita as mulheres da bancada com sua atitude nada humilde e comportamento machista, porém se apresenta bem. Alguém precisa dizer pra Demi Lovato não fazer tempestade em copo d'água - ele não queria desmerecê-la ao chamá-la de "mulher", era apenas o jeito desbocado do candidato.

Simone, 19, cantou "Mustang Sally" com uma inesperada voz grave e poderosa. Novamente, os quatro jurados aprovam um participante. A seguir, Russ, um homem de meia-idade, com anos de aulas de canto, mostrou uma voz forçada e desafinada, com excessos de vibrato. Simon manda parar. No entanto, ele continua até o final da música. Demi brinca dizendo que Simon soaria como Russ. Então, chega um dos momentos mais esperados da temporada: Kelly pega o microfone do candidato e entrega para o produtor musical que, imitando propositalmente Russ, canta umas cinco palavras! The X Factor fazendo história! Russ ganha um voto humorado de Simon, as garotas votam "não".

Considerado um dos grandes destaques da competição pelos jurados, entra no palco o trio de irmãs Roxxy Montana. Cantam muito bem, é verdade. Mesmo a capella. Agora, dizer que é melhor grupo que já passou pelo programa é uma hipérbole.

Al Calderon, 19, arranca suspiros das mulheres na plateia e na bancada. Ele canta razoavelmente bem, nada extraordinário. É bastante carismático, não há como negar. Todavia, acho que ganhou os votos mais por sua aparência do que pela habilidade vocal. Espero que consiga crescer profissionalmente durante a competição.

Denise Weeks, 41, viúva, mãe de duas filhas, canta "The Greatest Love of All", da Whitney. Recebe elogios [merecidos] de todos os jurados. Realmente uma powerhouse singer. Uma diva! Tem grandes chances de chegar longe na competição. Ela costumava cantor nos metrôs de Nova York e já haviam lhe dito que ela merecia coisa melhor. Ela preferiu aguardar as audições do The X Factor para demonstrar ao mundo seu dom.

Chega ao fim mais um episódio do reality musical. Parece que nos próximos episódios vai começar o barraco dos participantes recalcados (sempre engraçado). Estou gostando do ritmo e da edição dos episódios. Não perdem tempo demais com a historinha dos participantes, algo que The Voice e American Idol precisam aprender.

domingo, 15 de setembro de 2013

Ironside (2013) S01E01 "Pilot" [Pre-Air]


Ironside não é propriamente ruim. Talvez goste da série quem nunca assistiu a uma série policial procedural na vida ou que não seja seriemaníaco. Para os iniciados, pode ser cansativa e genérica. A premissa, por si só, já não é original. Afinal, Ironside é um remake de uma série homônima que começou no anos '60 e terminou nos '70, durando 8 temporadas.

Na história, um detetive de polícia paraplégico passa a investigar casos com o auxílio de uma equipe (me lembrou House, um chefe com uma deficiência e três assistentes). O episódio piloto girou em torno de um caso de suposto suicídio, logo alçado [temporariamente] ao status de homicídio pelo excêntrico, e também extremamente perceptivo, Robert T. Ironside (Blair Underwood). Ele é o tipo de detetive que tem sucesso no que os outros falharam, percebe o que os outros não perceberam. Sem falar no passado amargurado. Clichê até dizer chega.

Durante a investigação ficamos conhecendo mais os personagens secundários: Holly (Kelsey Gramer), a assistente mais dedicada e que possui contatos no submundo, Virgil, o bagunceiro, e Teddy, um ex-contador que contrariou a família e virou policial. Também se juntam ao elenco o chefe de Ironside - o capitão Ed Rollins (Kenneth Choi) -, e o ex-parceiro Gary Stanton (Brent Sexton), consumido pela culpa. Descobrimos através de um flashback como Ironside perdeu o movimento das pernas: numa perseguição, o ex-parceiro acidentalmente atirou nele.

O ritmo do episódio não é lento, nem chato, como li por aí. É bem agitado se a gente for analisar a fundo. A melhor parte é realmente o início, antes da vinheta, quando vemos o detetive usar de toda sua persuasão num criminoso para descobrir o paradeiro de uma refém. Existem algumas cenas desnecessárias, como a de Ironside quase transando com a namorada na cadeira de rodas - talvez algum fetiche do showrunner Collier Young. Nada que atrapalhe o fluxo da narrativa.

Eu não vou acompanhar, mas não me surpreenderia nada se a série se tornasse um hit da NBC (eles estão precisando!). A cartilha de série policial procedural foi seguida à risca. E sabemos que os estadunidenses adoram esse tipo de série.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Back in the Game S01E01 "Pilot" [Pre-Air]


Fui assistir ao episódio com as expectativas bem baixas (nulas, na verdade). Talvez por isso não o tenha detestado tanto. Estou até pensando em continuar acompanhando a série... pelo menos, dar mais uma chance. Eu realmente não queria gostar da série, não sei o que aconteceu. A TV, a ABC em especial, já está saturada de comédias familiares.

Terry mora de favor na casa do pai escroto (The Cannon), pois não tem outra escolha. Mãe solteira, ela pensa no que é melhor para o filho Danny, que, diferente da família, é péssimo em beisebol - motivo pelo qual não é selecionado no time principal. A mãe não deixa o filho sofrer e se voluntaria para treinar um time de perdedores infantis. Ela tem experiência - jogou profissionalmente na faculdade. Está armada uma trama de crescimento e superação, tão clichê, mas que pode ser bacana se for bem desenvolvida na série.

Parece que rola um climinha entre Terry e o técnico do outro time, um babaca, que é pai de um dos valentões da escola de Danny. Vamos esperar. Talvez, futuramente, isso acabe influindo nos resultados dos jogos.

É importante ressaltar que há vários defeitos na série. Insistência em piadas que não funcionam é um deles. Espero que a dupla de showrunners consiga corrigi-los. Eu enxergo um potencial. O problema é que se não for aproveitado o negócio vai descambar rapidamente.

Welcome to the Family S01E01 "Pilot" [Pre-Air]


Nova aposta da NBC. Infelizmente, a emissora parece ter abandonado completamente as comédias inteligentes e/ou de qualidade - por tanto tempo uma marca do canal, vide The Office (US), 30 RockSeinfield, Friends, Frasier, Cheers... e as remanescentes Parks & Recreation e Community - para dar a vez a pastelões descartáveis, que hoje em dia, por incrível que pareça, atraem mais audiência, seguindo o caminho de sua concorrente, a CBS. Entre todas as novatas que tive a oportunidade de conferir, é a de que eu menos gostei até agora. Muito bom poder assistir com antecedência o episódio e, assim, descartar a atração da minha grade (lotada).

O pai do Kurt [de Glee] vive o pai de uma garota avoadinha que engravida do namorado, filho do Carlos [de Desperate Housewives]. Os dois adolescentes tinham acabado de se formar no colegial - ela passou raspando e ele é um aluno prodígio. Os planos para a universidade serão parcialmente alterados. E agora as duas famílias terão que aprender a conviver juntas e fazer alguns sacrifícios. E essa é a premissa.

Ainda bem que o episódio tinha vinte e poucos minutos - acabou bem rápido. A série não é pra mim. Genérica. Forçada. E outros adjetivos negativos poderiam ser aplicados aqui. Mas não vou me estender. Admito que, apesar de poucos, existem momentos engraçados. Nada que valha a pena.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

The X Factor (US) S03E01 "Auditions #1"


O painel da versão estadunidense novamente se renova. Permanecem Simon Cowell e a cantora teen Demi Lovato. No lugar do produtor musical L.A. Reid e da cantora Britney Spears (que ficou muito cara para o programa) entram Kelly Rowland (ex-integrante do Destiny's Child e "prima" da Beyoncè) e Paulina Rubio, de quem eu NUNCA (!) tinha ouvido falar na minha vida antes. Mario Lopez continua o anfitrião.

Confesso que dos maiores programas de competição musical dos EUA, The X Factor sempre foi o que menos acompanhei. Com American Idol, The Voice [e uma penca de séries] na minha agenda, deixei a criação do Cowell de escanteio. Falha devidamente corrigida.

Os participantes se apresentarão em quatro categorias: garotos; garotas; mais de 25 anos; e grupos. Cada jurado será o técnico de uma das categorias.
 

O primeiro a subir no palco foi Carlito (o Chris Brown latino, como ele próprio disse). Ele cantou “Stay”, da Rihanna. Cantou muito bem, mas achei que desafinou em várias partes e faltou mais potência na voz – devia estar travada por conta do nervosismo. Os quatro jurados aprovaram sua performance.
 

Diferente do que acontece no American Idol, que organiza seus episódios de audição por cidade, aqui visitamos várias de uma só vez. De Los Angeles, voamos para Charleston. Sally (“yes, sir”), 55, é a próxima a soltar o gogó. Rapidamente, ela me conquista com sua simpatia e seu jeito de louquinha. Porém, na hora H, descobrimos uma voz um tanto... peculiar. De forma negativa, infelizmente. Não sei dizer se era aguda, falsete ou taquara rachada mesmo. Simon, que não esconde o que pensa, tem um aceso de riso. Os jurados votam unanimemente “não”.
 

Depois aparecem várias figuras desinteressantes sem talento (sempre tem). Vira um Show de Horrores. Ainda bem que ao mudarmos para Long Island, a apresentação de Lillie McCloud, 54, três filhos e sete netos, salva o programa. Ela chega cheia de confiança (“Estou aqui para ganhar”). Kelly e Demi caem em prantos só de ouvi-la cantar. Ela recebe uma standind ovation de todos os jurados. É claro que ela vai seguir em frente na competição. Acho que vai longe!
 

New Orleans é a próxima parada. Por enquanto, nenhum grupo de sobressaiu. Todos foram sumária e merecidamente eliminados. Então, surge a dupla Alex & Sierra. Eles escolhem “Toxic”, da ex-jurada Britney Spears, para a audição. Fazem uma versão diferente, como se fosse uma balada. E arrasam! Além de divertidos e extremamente carismáticos (com direito a frases completadas), se mostram bastante afinados. Melhor apresentação até o momento! Ninguém dava nada por eles.
 

Voltamos a Charleston, para encerrar o programa. Aparece Rion, uma adolescente com uma deficiência congênita nos braços e quase cega do olho direito. É uma garota que não se deixa abater. Está visivelmente empolgada. Não tem jeito, você instantaneamente torce por ela. Basta saber se ela tem o “xis” do X Factor. O público e os jurados são “blown away” pela incrível voz da garotinha de 13 anos, assim como o título da música que ela cantou, da Carrie Underwood, uma das vencedoras do American Idol.

O The X Factor já provou revelar várias estrelas: Leona Lewis (“Keep bleeding / keep, keep bleeding in love”), Susan Boyle, One Direction. Espero que conheçamos mais algumas nesta temporada.

Sons of Anarchy S06E01 "Straw"


A temporada passada não terminou bem para muitos personagens e aqui vemos as consequências. O pessoal da Máfia de Chicago ainda quer Tig. Parece óbvio que o Jax vai orquestrar um plano pra eliminar o sucessor do Pope - depois do que Jackson Teller se tornou, não duvido de nada.

Chibs virou VP e quis acertar as contas com Juice. Não aceitava a ideia de simplesmente perdoá-lo. O que é bem plausível – estranho os outros integrantes nem ligarem.

Através de Lowen, Jax descobre que pode ter sido a mãe a responsável por colocar Tara na cadeia e vai tirar satisfação. Gemma diz que ela apenas ameaçou a nora – não queria que eles se mudassem para o Oregon. Mais pra frente, descobrimos que foi aquele ex-US Marshall, cuja irmã enfermeira foi assassinada pelo Otto, que tramou tudo. Ao que parece, o cara tem vários favores para cobrar (que, por sinal, estão acabando) e tem acesso livre para ameaçar Tara e Clay para que colaborem com ele. Clay aceitou, mas Tara preferiu o caminho mais difícil, tendo que espancar um das colegas para impor respeito.

Boa parte do episódio girou em torno da atitude do clube tomada em relação a um ataque sofrido por Lyla. Ela aceitou participar de um filme pornô só que não sabia que ia ser agredida e queimada na frente das câmeras. A ação os leva até os realizadores do filme, dois iranianos (não são persas!), os irmãos Ghanezi. No meio do inevitável confronto surge a polícia. Eu pensei: a casa caiu, agora vão todos pra cadeia! Mas os policiais trabalham para o misterioso personagem de Peter Weller, um policial corrupto que controla as docas. Ele arranja um novo acordo para o clube e Nero com Claudette, que gerencia um serviço de acompanhantes que querem passar para a legalidade.

Outro elemento misterioso do episódio foi a aparição, diversas vezes, de um garotinho loiro. No início cheguei até a cogitar a possibilidade de ser um flashforward com Abel. Não podia estar mais errado. E pode ser que ele seja filho de um dos capangas do Nero. Aonde querem chegar com isso? Teremos que aguardar.

Ainda tivemos o Bobby riscando no mapa cidades famosas por seus cassinos e escrevendo "Finn" ao lado. Outra icógnita.

Logo que o episódio terminou, fui procurar o significado de “straw”, na Internet. De acordo com o Google Tradutor, quer dizer canudo, palha, palhinha, chapéu de palha, ninharia e bagatela. Não sei direito a que se refere o termo, talvez, de forma indireta, aos diversos acordos estabelecidos no episódio? É algo para se pensar.

Kurt Sutter, oriundo da equipe de The Shield, mostra ser um dos showrunners mais competentes da atualidade. “Não dê ao espectador o que ele quer, mas o que precisa”. Não lembro quem proferiu essa frase. É como definiria o trabalho de Sutter.

Os mais de sessenta minutos da estreia passaram voando! Cinco temporadas na bagagem e a série continua explosiva. Vistam seu colete de couro e montem na sua Harley. Sons of Anarchy voltou a toda velocidade!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Trophy Wife S01E01 "Pilot" [Pre-air]

os personagens, da esq. p/ dir.: Bert, Meg, Hill, Warren, Kate, Pete, Diane e Jackie.
Todo ano eu tento assistir a todas as novas atrações, mas automaticamente me afasto de várias delas (por falta de tempo, principalmente, e por uma percepção apurada de qualidade). Este ano decidi conferir tudo que estrear (acho que o mais perto que eu cheguei disso foi em 2009...). Não queria me desanimar logo de cara, por isso comecei pela menos pior, como andei lendo pro aí: a tal da Esposa Troféu, uma das três séries novas da ABC que vazaram.

É boa no nível The Middle e Suburgatory, não no da genial Modern Family – tirem suas próprias conclusões disso. Eu ri em vários momentos e quando o episódio terminou estava com um grande sorriso no rosto. Acho que algumas coisas poderiam ter sido resolvidas diferentes: bastava a Kate dizer que não era água dentro daquela garrafa, mas os roteiristas optaram por um humor mais pastelão. O chinesinho é um show a parte – você ri só de olhar para ele. Um achado, mesmo. Assim, em menor escala, como todo o resto do elenco (que conta com nomes de peso), bem à vontade em seus respectivos papéis, com um ótimo entrosamento diante das câmeras.

Kate (Malin Akerman) é a mulher que se casa com um homem bem mais velho, Pete (Bradley Whitford), e leva de brinde suas duas ex-esposas: a primeira, a médica e nada simpática Diane (Marcia Gay Harden) e a outra, a louquinha Jackie (Michaela Watkins), que insiste em falar de morte para Bert (Albert Tsai), o filho de sete anos adotivo (o chinesinho). Diane é mãe do casal de gêmeos Warren (Ryan Scott Lee), que está descobrindo sua sexualidade através de textos eróticos, e Hill (Gianna Lepera), uma aborrecente. Junta-se ao núcleo familiar a melhor amiga de Kate, que trabalha num bar, a prestativa Meg (Natalie Morales).

Falta ajustar bastante coisa ali. Sinto que há um potencial a ser desenvolvido, por isso vou dar mais uma chance para a série. Tenho que pesquisar em que dia vai ao ar o segundo episódio.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Fall Season 2013: Meu Calendário de Estreias


Abaixo, a lista de séries que vou acompanhar neste Fall Season. A maioria é veterana, mas tem bastante novata. A primeira a estrear é a sexta temporada de Sons of Anarchy. Aguardem diversas resenhas aqui no blog!

domingo, 8 de setembro de 2013

Conheçam "Shingeki no Kyojin / Attack on Titan"


Sem sombra de dúvida, um dos melhores animês a que já assisti na minha vida! Fácil. Fácil. O. Melhor. De. 2013! IMPORTANTE: NÃO continue a leitura se você NÃO quiser saber de spoilers!

Baseado na obra homônima de grande sucesso do mangaká Hajime Isayama, cuja publicação acontece mensalmente na Bessatsu Shounen Magazine (e, em breve, vai sair no Brasil, pela Panini), Shingeki no Kyojin (ou, o título em inglês, Attack on Titan, como preferirem) estreou num sábado, 6 de abril, no Japão. E conseguiu extrapolar todas as expectativas! Trilha sonora excelente, bom enredo, direção acertada - tudo funciona. Talvez uma crítica maior fosse à qualidade da animação, que oscila entre ótima e péssima, mas completamente aceitável (o ritmo de produção de uma série de animação semanal deve ser alucinante!) – andei pesquisando na Internet e vi que na versão DVD/Blu-Ray eles dão uma boa corrigida nas imperfeições.

A aceitação do público foi estrondosa – hype total (mesmo antes de estrear), só se comenta disso – e conseguiu atingir diferentes tipos de pessoas, do leigo ao otaku mais fervoroso. É engraçado notar que Isayama, ainda adolescente (hoje ele tem 27 anos), levou o projeto do mangá até um editor da poderosa Shounen Jump (lar de Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco, Samurai X, Naruto...). O editor conferiu o trabalho e respondeu algo na linha: “Não quero que faça mangá, quero que me mostre Shounen Jump. Mesmo arrasado, Isayama não desistiu.  Nós agradecemos, sensei.

E acabou sendo bem positiva a ida dele para uma revista menos conhecida e de outra editora – ele teve mais liberdade criativa. Num primeiro olhar superficial você pode até achar que se trata de apenas mais um battle shounen, tem aquele personagem principal cheio de motivação e determinação (assim como Goku, Gon, Natsu, Naruto, Seiya...), uma história com bastantes duelos, mas, devido a elementos utilizados constantemente, como morte, violência e sangue e também à complexidade narrativa, é inevitável notar uma grande influência de seinen (aquele mangá masculino mais adulto) – vira quase uma junção dos estilos –, o que pode ter sido um dos motivos de recusa da obra na Jump, que é voltada exclusivamente para o shounen (porém, vale lembrar, já publicou Jojo’s Bizarre Adventure e, mais recentemente, Death Note).

A história se passa num mundo distópico e de aspecto medieval, onde os humanos vivem refugiados dentro de verdadeiras muralhas que os separam do território habitado pelos temidos titãs - a maioria, gigantes sem nenhuma inteligência cujo único intuito é devorar os humanos. Há três muralhas principais: Maria, a primeira, por isso a mais vulnerável aos ataques dos titãs; Rose, a muralha intermediária; e Sina, no centro, local em que vive o rei. A Segurança do reino também é dividida em três, no caso, três guarnições: a Tropa de Exploração, representada pelas Asas da Liberdade em seu brasão, que tem como objetivo explorar o território afora das muralhas; a Tropa Estacionária – a maior das guarnições –, que guarda os muros e mantém a ordem entre a população, seu símbolo é formado por duas rosas; e a Polícia Militar, a divisão mais prestigiada das Forças Armadas, e a mais corrupta, a qual a função é proteger o rei, o que permite seus soldados a residirem dentro da Muralha de Sina (um unicórnio está na sua insígnia). A humanidade viveu em paz por cerca de 100 anos até que um dia tudo desmoronou, literalmente.

Não poderia deixar de comentar sobre o DMT (o Aparelho de Movimentação Tridimensional – Three Dimensional Maneuver Gear), um aparelho indispensável para um soldado, desenvolvido para auxiliar no combate contra os titãs. Tem quase a mesma função que os lançadores de teia do Homem-Aranha, só que em vez de teia saem resistentes fios de aço. Exige bastante treinamento. É abastecido por cilindros de gás comprimido.

Ao longo dos anos, os humanos, arduamente, conseguiram capturar alguns titãs e estudaram sua fisiologia – eles são extremamente quentes (sai vapor deles!), se regeneram rapidamente, não possuem órgãos genitais (como se procriam?), variam de três a vinte metros de altura e usam o Sol como alimento. Também descobriram o ponto fraco das criaturas: uma região na base da nuca – corte ali e o titã cai, derrotado. Alguns, os mais difíceis de se enfrentar, têm a habilidade de saltar, rastejar ou correr. No entanto, a maioria é lenta e só pensa em comer, quase como os zumbis clássicos.

As pessoas vivem alienadas do perigo que as cercam e as que desejam conhecer o exterior são consideradas tolas, loucas ou hereges. Em meio a esse panorama surge o protagonista da história, o garoto Eren Jaeger. Ele vive no distrito de Shiganshina, uma espécie de protuberância [que serve para proteger um dos portões] da Muralha de Maria, com a mãe, uma dona de casa, o pai, o renomado médico do vilarejo, e Mikasa Ackerman, uma garota cuja família foi assassinada (um dos episódios é dedicado em explicar o sofrido passado da personagem). O maior sonho de Eren é poder sair das muralhas para explorar o território selvagem – ele critica a forma como a humanidade está vivendo, igual a animais em cativeiro. Armin Arlert, seu melhor amigo, compartilha do mesmo sonho.

Durante uma linda tarde ensolarada que parecia como qualquer outra, os habitantes de Shiganshina avistam aquele que seria apelidado de Titã Colossal, por possuir cerca de 60 metros de altura. É tão grande que sua cabeça ultrapassa os limites da imponente muralha. Ele destrói uma parte do muro facilmente. Algumas pessoas já morrem naquele instante, atingidas pelos destroços. Então, o Titã Colossal desaparece tão misteriosamente quanto apareceu. Os diversos titãs [de estatura comum] que se aglomeravam em volta da muralha começam a entrar. O desespero toma conta de todos. As Tropas Estacionárias não dão conta e muita gente, em muito pouco tempo, é devorada – e aí se incluem os próprios soldados. O ritmo frenético do episódio parece o de um filme catástrofe hollywoodiano.

O pai de Eren estava fora do distrito, numa expedição, porém sua mãe ainda estava em casa – que ficava na mesma direção onde muitos destroços foram arremessados. Ele sai em disparada e Mikasa corre atrás dele. Armin, sempre esperto, vai procurar ajuda.

Uma pedra enorme caiu sobre a casa dos Jaeger. Por consequência, o telhado cedeu e a mãe de Eren ficou presa embaixo. É muito pesado para duas crianças levantarem. E, mesmo se possível, um titã se aproximava. É um momento de muitas lágrimas. Avisado por Armin, Hanneth, um dos combatentes da Tropa Estacionária, aparece para ajudá-los. Ele se compromete a lidar com o titã. Todavia, ao encarar o olhar demoníaco do monstro, constata ser impossível vencer, principalmente, sozinho. Agarra as crianças e foge dali. A mãe de Eren, bastante emocionada, agradece.

Eren, nos ombros de Hanneth, tentando se desvencilhar, acompanha, impotente, o titã remover os escombros de cima de sua mãe, segurá-la na mão, espremê-la e, por fim, enfiá-la na boca, dando uma mastigada. É nesse instante que vemos aflorar a motivação do nosso herói: vingança. O ódio pelos titãs se torna tão forte que ele dedicará toda sua vida, se preciso, para exterminá-los.

Através de barcos, o trio de amigos (Eren, Mikasa e Armin) consegue fugir para dentro da Muralha de Maria. Subitamente, surge um novo titã com habilidades especiais. Ele será conhecido pelos sobreviventes como o Titã Encouraçado, pelo aspecto instransponível de sua pele (as balas de canhão nem arranham!). Ele se lança contra o portão que separa Shinganshina do interior da muralha. A Muralha de Maria está perdida.

Tendo seu maior território tomado, a única solução foi recuar até a Muralha de Rose. Mas a humanidade não suportou o exponencial “aumento” inesperado da população. Não havia comida para todos. Antecipando um verdadeiro colapso, o governo bolou um plano de retomada da Muralha de Maria (que serviria como válvula de escape) e enviou muitos dos refugiados para a missão suicida. De milhares, centenas retornam. O avô de Armin foi um dos que não retornaram.

Cinco anos se passam. Eren, Armin e Mikasa viraram recrutas das Forças Armadas (duas espadas cruzadas formam o símbolo do Esquadrão de Recrutas). A garota (tão obcecada pelo Eren quanto ele é pelos titãs!) é, disparada, a melhor aluna da classe, uma exímia lutadora. Armin, inteligentíssimo, mostra-se um competente estrategista. Eren é obstinado e não deixa nada abalá-lo. Novos personagens importantes também nos são apresentados: o cabo Rivaille (ou Levi), um ex-criminoso que se tornou o melhor soldado da Tropa de Exploração; o comandante da Tropa, Erwin Smith, com duas decisões nada ortodoxas; Jean, que começa com um simples antagonista de Eren e cresce a ponto de ser apontado como o líder dos novatos; Hanji, uma cientista e integrante da Tropa; Sasha; Annie; Christa; Connie...

Um dos grandes trunfos deste animê é a imprevisibilidade. É impressionante a rapidez com que Isayama descarta suas crias, a la George R. R. Martin. Ele não tem dó. Cedo ou tarde acabam na boca de um titã – ou esmagados por um. Por exemplo, num dos momentos mais intensos da série, no arco da Batalha de Trost, com a Muralha de Rose também comprometida, presenciamos, estarrecidos, num dos violentos confrontos que se seguem, o que pensamos ser a morte do protagonista – ocorrida de forma tão abrupta, logo no quinto episódio (de 25) da temporada. Gosto tanto desse fator surpresa, que foi o que me impediu de continuar lendo o mangá durante a exibição do animê.

Num dos arcos seguintes, cheio de reviravoltas, acompanhamos uma missão da Tropa de Exploração, no território ocupado pelos titãs. O objetivo é chegar ao distrito de Shiganshina para checar o porão da destruída casa de Eren. Parece que o Dr. Jaeger (atualmente desaparecido) guardava ali um grande segredo sobre os titãs. Durante a missão, ficamos sabendo que a intenção do comandante é, na verdade, expor um traidor infiltrado na Tropa...

As vendas do mangá, alavancadas pelo anime (aconteceu algo parecido, em menor escala, é claro, com Kuroko no Basket e Magi), já ultrapassam 20 milhões de unidades. O DVD e o Blu-Ray, contendo o 1º e o 2º episódios, foram os mais vendidos de 2013, no Japão. O último episódio da temporada, o 25º, será exibido em 16 salas de cinema de Tóquio, no dia 28 de setembro. Ou seja, tudo só confirma o estrondoso sucesso da série. O que você está fazendo que ainda não assistiu? Não se preocupe, eu guardei vários detalhes da trama. Depois volte aqui e deixe seu comentário! Estou curioso para saber sua opinião.
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