sexta-feira, 2 de maio de 2014

Comentando: "O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro"

Ontem, 1º de maio de 2014, feriado do dia do trabalhador, estreou nos cinemas O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro. Apesar de discordar de algumas (poucas) coisas que foram feitas no seu antecessor, preciso admitir que gostei bastante dessa continuação. Os dois primeiros filmes do Cabeça de Teia dirigidos pelo Sam Raimi ainda ocupam um lugar especial, mas o novo exemplar é (disparado) melhor que Homem-Aranha 3, de 2007 (o que não era muito difícil, é verdade) e, vejam só, consegue balancear incrivelmente bem três vilões numa única produção (!). Também é nesse filme que temos o desfecho mais emocionante da franquia (fãs de longa data dos quadrinhos já devem estar imaginando do que estou falando). Mas não se preocupem, não pretendo revelar spoilers.
Vale ressaltar o excelente desempenho dos atores envolvidos no projeto. Não adianta gastarem centenas de milhões de dólares em efeitos visuais, maquiagem e construção de set sem um bom roteiro e se os espectadores não “acreditarem” e se envolverem no que estão vendo. E quem tem o papel de fazer acreditar são os atores. E eles arrasaram! Por exemplo, é impossível não se comover com uma certa cena entre Peter e tia May. Culpa de Andrew Garfield e Sally Fields (independente da direção e da trilha sonora nesse momento) que, junto de Emma Stone (Gwen), já estão bem confortáveis em seus personagens. Dane DeHaan (Harry Osborn/Duende Verde) e Jamie Foxx (Max Dillon/Electro), as novas adições no elenco, também brilharam. E, mesmo em pequenas participações, Chris Cooper (Norman Orborn), que já aparecera ainda mais brevemente na produção anterior, e Paul Giamatti (Aleksei Sytsevich/Rino), este último extremamente caricato, tiveram sua chance de nos impressionar.
Os fãs mais puristas poderão até desgostar da liberdade tomada em relação a elementos como rumos da trama e origem e visual de personagens. No entanto, o mais importante foi mantido: a essência do Homem-Aranha, algo que já fora notado no filme de 2012 (também dirigido por Marc Webb) e que aqui ganha mais destaque – o coração de Peter, o ímpeto de fazer justiça, o senso de humor exacerbado.
Sim, várias pontas se fecharam (como a história dos pais do Peter) e, sim, várias ficam em aberto para os já anunciados O Espetacular Homem-Aranha 3 e 4, Venom e Sexteto Sinistro. Pode passar despercebido para o grande público a possível futura importância de uma personagem que é assistente pessoal de Norman Osborn e, posteriormente, de seu filho Harry, chamada Felicia. A pergunta que não quer calar: seria mesmo Felicia Hardy, a Gata Negra?
O Espetacular Homem-Aranha 2 não é perfeito, é claro, nem, talvez, o que muitos fãs esperavam. Contudo, digo sem medo: é um filme pra lembrar por que o Homem-Aranha é o super-herói favorito de tanta gente.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Sleepy Hollow: Um outro olhar sobre o episódio piloto


O primeiro texto não foi lá muito opinativo, é verdade, foi mais uma apresentação. Afinal, estávamos falando sobre um piloto (e eu não gosto de julgar o livro pela capa). Quantas séries tiveram um piloto horrível ou medíocre e depois caíram no gosto do público (e melhoraram consideravelmente a qualidade)? Isso mesmo, muitas. Geralmente, o piloto é produzido bem antes da série ganhar um sinal verde - alguns ajustes são feitos posteriormente, uma equipe de roteiristas é contratada, o orçamento é discutido... Há casos em que uma temporada completa é encomendada sem a aprovação do primeiro episódio - não foi o que aconteceu com Sleepy Hollow. Por isso decidi esperar pelos episódios seguintes para dar o veredicto final - que foi positivo.
Durante todo o episódio piloto eu pensava que as coisas poderiam ter sido diferentes - melhores! -, não no quesito efeitos visuais, mas no roteiro. Informações demais (e desorganizadas) em poucos minutos. O quarteto de criadores jogava em nossas caras - e na dos executivos da FOX - que eles tinham, sim, muita história para contar...
Imaginei um começo distinto, menos apressado: por volta do ano 2000, duas garotas (Abbie e sua irmã, Jenny) voltando do colégio para casa, [após um pouco de diálogo animado, para simpatizarmos com as duas] se deparam com quatro árvores brancas que surgiram do nada. Elas escutam uma voz sinistra e avistam uma criatura se levantando entre as árvores. Em seguida, desmaiam sem explicação. Pula para 2013. O episódio seria todo focado em Abbie (interpretada por uma atriz bem melhor que a Nicole Beharie), uma mulher independente e policial linha dura, parceira do xerife da cidadezinha de Sleepy Hollow, que serve como seu amigo e mentor (a relação dos dois seria melhor desenvolvida). Eles investigam o misterioso assassinato do padre - que teve a cabeça cortada e o ferimento cauterizado. Mais tarde, atendem um chamado numa fazenda e lá se deparam com o Cavaleiro Sem Cabeça, o xerife morre... A partir daí, os eventos ocorreriam de forma similar, terminando na parte da caverna, em que se descobre que o Cavaleiro é um dos Cavaleiros do Apocalipse. Ficaria aquela dúvida (para os personagens e para o público) se Ichabod (também outro ator, por favor) é louco, se tem algum envolvimento com o Cavaleiro... O episódio seguinte mostraria em sua primeira cena a morte do padre. Depois, esclarecendo a situação do protagonista, acompanharíamos os acontecimentos do ponto de vista de Ichabod - a batalha, o feitiço de Katrina, seu renascimento e a quase internação numa instituição mental. A seguir não mudaria muita coisa. Na minha cabeça, gosto de pensar que foi assim que aconteceu. Ah, quase me esqueço, detesto flashbacks com imagem esfumaçada/distorcida - outra coisa que aboliria.
Feito o desabafo, confesso que apesar das duras críticas a série foi uma das novatas que mantive em minha watchlist. Não é uma obra-prima, mas, ao menos, me diverte bastante. Vale lembrar que após um breve hiato Sleepy Hollow retorna em 13 de janeiro e encerra sua temporada na semana posterior, com um episódio duplo.
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